Uma nova forma de pagamento chegou para beneficiar os 60% dos brasileiros que ainda não têm opções de crédito. Trata-se do crediário digital, que é visto pelo comércio como uma forma de recuperar o número de vendas em meio a crise econômica.
Mesmo com a popularização dos bancos digitais, na prática ainda existe um alto número de brasileiros sem conta bancária. Pelo menos 48 milhões, de acordo com o Banco Central.
Nesse sentido, o crediário digital surge para garantir um maior poder de compra a quem hoje não tem acesso a aquisições mais caras, por exemplo.
Mas, se você não está por dentro da novidade e tem dúvidas sobre como funciona o crediário digital, FinanceOne explica tudo em detalhes. Confira!
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O que é e como funciona o crediário digital?
O crediário digital nada mais é do que uma modernização do antigo carnê. A modalidade também é conhecida como BNPL (Buy Now Pay Later). Ou seja, compre agora e pague depois, em tradução literal.
A ideia é que este meio de pagamento atue de maneira mais democrática, contemplando aqueles que não têm acesso ao crédito. O cliente pode parcelar sua compra via boleto bancário, mesmo que não tenha cartão de crédito ou conta bancária.
Assim, não há a necessidade de ser cliente de uma instituição financeira, ou ter limite de crédito pré-estabelecido. Além do boleto, outras formas de pagamento possíveis são transferências ou depósitos; ou PIX.
Para ter acesso, é preciso fornecer informações básicas, como CPF, e-mail e telefone. A intermediária da operação, que pode ser uma fintech ou a própria loja, analisa os dados e libera o crédito. Depois, é só escolher em quantas parcelas deseja pagar e pronto.
A opção está sujeita a taxas de juros, que variam de acordo com a análise de crédito de cada cliente.

É vantajoso para os lojistas?
A resposta é: sim! Com o crediário digital ou BNPL os lojistas conseguem ampliar suas vendas para um público que antes não teria acesso. Além disso, o processo é seguro, considerando que a intermediação é feita por uma fintech.
Claro que a loja pode investir em um sistema de crediário próprio, se assim desejar. Mas, o caminho mais prático é o lojista se cadastrar em alguma startup que oferece esse tipo de serviço.
Atualmente, já existem algumas opções no mercado para os e-commerces que querem começar a investir nessa modalidade de pagamentos. Entre elas, a Meu Crediário, a Provu e a Leindico.
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Pandemia acelerou surgimento de novos meios de pagamentos digitais
Na Europa, o serviço de crediário digital já funciona há algum tempo e está crescendo. De acordo com recentes pesquisas de mercado, 4 em cada 10 britânicos já usam a forma de pagamento BNPL. A expectativa é que os brasileiros sigam a mesma tendência.
O surgimento de uma nova modalidade de pagamento digital e a ascensão do PIX, por exemplo, teve um empurrão da pandemia do novo Coronavírus. Isso porque as compras online cresceram significativamente nesse período.
Assim, o mercado passou a enxergar melhor as lacunas em relação aos meios de pagamentos e a trabalhar para aprimorar a experiência do consumidor, ampliando o acesso para todas as camadas sociais.
E, com o crediário digital não será diferente. Especialistas apontam que os varejistas devem ficar de olho nessa novidade, que surge como uma chance de ampliar o ticket médio de vendas no e-commerce.
Entram, ainda, nesse pacote, as vendas via PIX, com possibilidade de descontos e a oferta de compra com cashbacks, que também tem se popularizado nos últimos dois anos.
Além disso, a aposta é que essas sejam, apenas, algumas das evoluções nas tecnologias para meios de pagamentos digitais.
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